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Exposição

Os Golfinhos

         Quando tive a idéia de fazer esta exposição, não estava movido apenas pela curiosidade de fotografar tipos de jovens, na verdade, procurava encontrar a mim mesmo.

         Quem eu era em relação à sociedade?

         E na ânsia de desmistificar a nossa “geração x”, não me limitei somente a fotografar, procurei conviver e absorver o máximo, de cada tipo. Entrei por favelas, lugares exóticos, de dia e no meio da noite em busca de tipos obscuros.

         Sensibilizei-me, quando fui cumprimentado por um “punk” com um beijo no rosto, um ato singular para quem eu pensava ter só ódio e violência, ignorância minha, a filosofia “punk” não prega a violência.

         A paz de espírito que encontrei na comunidade “rare krsna” foi outro fator marcante.

         Impressionante também foi onde eu acabei entrando quando fui fotografar no circo: na jaula dos leões, com os leões, e literalmente quase morri de medo.

         Revoltei-me com a sociedade, que mata o ser humano antes mesmo de seu coração parar de bater, vendo portadores do HIV carecerem tanto de carinho e compreensão.

         Descobri que apesar de tão diferentes uns dos outros, estes jovens são mais parecidos do que se possa imaginar. Todos têm os mesmos sentimentos básicos, eles querem ser felizes, amar, serem amados e procuram as suas maneiras, até inexoravelmente se destacar do tipo pré-concebido pela sociedade o “politicamente correto”. Onde o medo de ser igual é maior do que o medo de ser estranho.

Hoje me considero uma pessoa mais aberta. Sou um pouco de cada tipo do qual conheci e convivi. Fui influente e influenciado, ganhei amigos e uma nova consciência. Agora tenho olhos mais espertos para acompanhar minha juventude.

 

Ah! Que tipo eu sou?

O tipo curioso.

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